Abigail: Final explicado – A tripulação consegue sair viva?

“Leva muito tempo para aprender a fazer coisas legais.”

Combine um filme de assalto com um filme de vampiro e você obterá um dos desfechos mais surpreendentes de todos os tempos. Isso é especialmente evidente em

Abigail, da Radio Silence, o mais recente filme de terror estrelado por Alisha Weir como uma jovem assassina sequestrada por um grupo de ladrões que

planejam usá-la como moeda de troca por US$ 50 milhões. Embora as mortes angustiantes sejam uma parte padrão do território para os amantes de vampiros

imortais, a dupla por trás de Ready or Not vira o conceito de assalto de cabeça para baixo, elevando a ação para um desfecho verdadeiramente sangrento.

Enquanto somos inicialmente levados a acreditar que Abigail é uma vítima inocente (bem, tão inocente quanto um vampiro ancestral pode ser), logo descobrimos

que ela tinha o controle o tempo todo. Ela atraiu a tripulação para um local isolado, perfeito para executar seu plano de assassinato. Conhecendo as verdadeiras

identidades deles – que foram instruídas a manter em segredo um do outro – e sendo mais poderosa do que todos, ela os coloca na pior situação possível: tentando

escapar de uma casa trancada com um vampiro em seu encalço.

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Depois de eliminar a maior parte da tripulação – incluindo Sammy, interpretada por Kathryn Newton, que sofreu a tortura de se tornar um vampiro – Abigail

consegue encurralar Joey (Melissa Barrera) e Frank (Dan Stevens), confrontando-os com os corpos de suas vítimas e deixando claro que não há escapatória.

Parece que tudo está perdido, até que uma luz de esperança aparece na forma de Lambert (Giancarlo Esposito), que retorna misteriosamente, apesar de sua

promessa de manter distância da tripulação até que o pai de Abigail pague seu resgate. Os dois criminosos restantes parecem ter uma chance de escapar de sua

prisão de mortos-vivos… até que o encontro também dá errado.

 

Existem mais vampiros escondidos nas sombras

Veja, Lambert está escondendo algo do resto da tripulação, assim como Abigail: ele também é um vampiro, tendo sido transformado pelo pai do pequeno vampiro

há muito tempo. Agora, Joey e Frank estão presos entre a espada e a parede, com vampiros atrás e na frente. Lambert, no entanto, é um pouco mais misericordioso

do que a voraz Abigail, oferecendo-lhes a opção de se tornarem vampiros e comprometerem-se com uma vida de crime pelo resto da eternidade.

Enquanto Joey, sem surpresa, escolhe manter sua humanidade, Frank toma a decisão de que prefere viver para sempre como um demônio sádico e corrompido do

que morrer como um herói, permitindo que Lambert o transforme. Todo o processo é bastante sangrento, mas no final, é bem-sucedido (depois de um breve susto de

que Lambert simplesmente o matou e passou para Joey), e o sangue e as entranhas realmente atingiram o ventilador quando Frank saiu balançando, agora exibindo

suas próprias presas. Ele decide despachar Lambert imediatamente, na tentativa de se colocar no topo da cadeia alimentar – uma má notícia para Joey, que tenta

fugir, apenas para ser arrastado para um nocaute e uma luta prolongada com um imortal psicopata.

Frank vira o jogo com a ideia de estacar vampiros, empalando Joey no ombro, deixando-a assistir impotente enquanto ele se prepara para matá-la com sua nova

força. Agora, ela tem dois monstros mortos-vivos em busca de seu sangue, em vez de apenas um. Mas exatamente quando as coisas parecem piorar, surge o mais

improvável dos salvadores: Abigail, ferida, mas sem vontade de deixar outro vampiro assumir o controle de seu território.

 

Abigail e Joey se unem para a batalha final

Assim começa a batalha final climática do filme, na qual Frank tenta fazer o que Abigail fez com Sammy, mordendo-a e tentando controlar sua mente por meio do

jejum de sangue. É uma luta sangrenta até o fim, mas no final (e talvez sem surpresa), Abigail e Joey se unem para derrubar seu inimigo comum, com Joey

fingindo controle mental para que Abigail possa eliminá-lo. Ela recebe sua frase final no microfone – “leva muito tempo para aprender como fazer essa merda legal”

– logo antes de Frank explodir, porque não seria um filme da Radio Silence sem baldes e mais baldes de sangue.

Depois vem o que é sem dúvida a maior reviravolta de todo o filme: a chegada do pai ausente de Abigail, interpretado por Matthew Goode. Tendo sido

referenciado várias vezes ao longo do filme, inclusive no cenário e em alguns monólogos da própria Abigail, ele aparece para ver sua filha e Joey cercados pelos

restos mortais de vários vampiros novos, parecendo sinistros e bastante impressionados como ele faz.

Está implícito, em algum nível, que ele é Drácula, embora ele só seja chamado de pai (inclusive nos créditos), e ele voltou para verificar Abigail após suas

tentativas desesperadas de chamar sua atenção, atraindo a tripulação para a mansão. Ele vê Joey como nada mais do que um jantar, mas Abigail implora que ele a

deixe viver, tendo salvado sua própria vida momentos antes.

De uma forma pouco vampírica, o pai concorda, apenas para voltar às boas graças de sua filha. Agora coberto com tanto sangue e sangue coagulado quanto se

poderia imaginar, Joey se despede de Abigail e sai da mansão, mancando até o carro que a trouxe até lá. Ela vira a chave na ignição e vai embora, de volta para seu

próprio filho, que ela também havia deixado para trás, na coisa mais próxima que um filme de terror pode chegar de um final feliz.

 

Esse final funciona para ‘Abigail’?

Ao permitir que Joey vá embora em liberdade, a Radio Silence insere um arco clássico de terror em uma narrativa que é comercializada como uma história de

vampiros. E, honestamente, isso é provavelmente para o melhor, já que Abigail parece menos um filme de monstros e mais um clássico do terror. Embora Weir

entregue uma atuação fabulosa como Abigail, muitas vezes ela é deixada de lado e só tem a chance de se transformar totalmente em vampiro quando está matando

alguém, além da revelação inicial de sua natureza, onde ela leva um tiro na testa, apenas para se levantar com uma raiva sanguinária momentos depois. Se

substituirmos qualquer tipo de assassino, monstro ou não, a história provavelmente teria sido a mesma, exceto pela morte de Frank, que em última análise parece

mais vampírica do que a maior parte da história de Abigail

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