final de Joy é uma homenagem à luta que os pesquisadores enfrentaram para tornar a fertilização in vitro uma realidade e o que sua realização realmente significou para

“ATENÇÃO: CONTÉM SPOILERS IMPORTANTES”

Joy, da Netflix, trouxe um desfecho marcante ao revelar como o primeiro bebê gerado por fertilização in vitro nasceu, destacando os temas essenciais do drama biográfico e celebrando-os em seu final. Baseado em fatos reais, o filme retrata a jornada de três cientistas britânicos que transformaram a fertilização in vitro em realidade. Joy explora não apenas os desafios científicos e obstáculos enfrentados, mas também o impacto humano, mostrando os sacrifícios vividos por Jean e Bob, como relações desfeitas, ameaças de morte e invasões de privacidade que afetaram suas vidas e as de seus pacientes.

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Ao longo da trama, Jean luta para convencer sua mãe e sua comunidade sobre a legitimidade de suas intenções, enquanto Bob enfrenta a árdua tarefa de despertar empatia por aqueles que enfrentam dificuldades para engravidar, apenas para ser vilipendiado em talk shows e pela mídia. Com o avanço dos protagonistas na busca por uma gravidez bem-sucedida através da fertilização in vitro, as tentativas de barrar suas pesquisas se tornaram ainda mais intensas. No entanto, o sucesso final de Jean, Bob e Patrick simboliza não só a resiliência deles, mas também o impacto transformador de seu trabalho ao tornar a infertilidade parcialmente tratável, um legado de esperança para o mundo.

Título de Joy explicado: Por que “Joy” foi escolhido como o nome do meio do primeiro bebê de fertilização in vitro, Louise Brown

O significado do nome é um testamento da jornada que trouxe o bebê

James Norton como Bob Edwards em Joy-1 da Netflix

Após o bem-sucedido parto por cesárea do bebê dos Browns, durante uma celebração discreta no Kershaw’s Cottage Hospital, Bob compartilhou um momento especial: os Browns perguntaram a ele se gostaria de sugerir um segundo nome para o bebê, e ele escolheu Joy. O título do drama biográfico, portanto, não apenas destaca o primeiro bebê nascido por fertilização in vitro como o centro da história, mas também reflete a razão pela qual Bob propôs esse nome — e por que seus colaboradores o consideraram adequado. Joy simboliza a essência da jornada que possibilitou o nascimento de Louise Joy Brown.

Para Jean, Bob e Patrick, sua pesquisa representava mais do que um avanço científico; era uma oportunidade de transformar a realidade daqueles que sofriam com a infertilidade, trazendo esperança para quem sonhava em ter filhos. A caminhada para alcançar esse objetivo foi longa e desafiadora, incluindo quase uma década de fracassos até o sucesso com a gravidez de Lesley Brown. O nascimento de Louise Brown foi uma personificação de “alegria pura”, não apenas para seus pais, mas também para todos que poderiam se beneficiar da fertilização in vitro, uma chance de realizar um sonho que antes parecia impossível.

Como Jean, Bob e Patrick finalmente conseguem uma gravidez viável por meio da fertilização in vitro

O trio efetivamente abandonou sua pesquisa

A história real por trás de Joy não retrata o trio abandonando sua pesquisa, mas reformula os desafios enfrentados por Jean, Bob e Patrick como uma série de fracassos entre 1971 e 1975. No entanto, o filme dramatiza os eventos de maneira mais intensa, mostrando Jean deixando a pesquisa temporariamente após descobrir a toxicidade da parafina líquida. Em um momento de escolha pessoal, ela prioriza cuidar de sua mãe em estado terminal, enquanto encara o quebra-cabeça científico como algo aparentemente insolúvel.

Curiosamente, a pausa na pesquisa acabou sendo crucial para a solução do problema. O período de estagnação permitiu que o grupo, especialmente Jean, mudasse o foco de questões específicas para uma visão mais ampla. Esse intervalo foi fundamental para o avanço que transformou a fertilização in vitro em uma realidade.

Tanto no filme quanto na história real, a coleta de óvulos era precedida pela administração de hormônios, aumentando as chances de sucesso ao permitir a coleta de múltiplos óvulos. A abordagem inovadora de Jean, de usar o ciclo menstrual natural das pacientes para determinar o momento ideal para a coleta, eliminou a principal variável que impedia a aceitação dos óvulos fertilizados. Essa solução resolveu o problema que havia desafiado Jean, Bob e Patrick por anos, desde que desenvolveram a técnica de extração de óvulos humanos por laparoscopia sem danos.

As verdadeiras razões por trás do interesse de Jean na fertilização in vitro explicadas

A história pessoal de Jean influenciou o motivo pelo qual ela queria que a pesquisa tivesse sucesso

Thomasin McKenzie como Jean Purdy em Joy-2 da Netflix

As razões que levaram a verdadeira Jean Purdy a se dedicar ao estudo da reprodução permanecem desconhecidas. Contudo, o final de Joy trouxe uma revelação que explicou por que Jean se sentia tão conectada ao Clube Ovum quanto suas pacientes. A trama destaca o momento em que Jean finalmente permite que Patrick a visite, apenas para ele descobrir que sua endometriose era tão severa que ela jamais poderia ter se beneficiado da fertilização in vitro, mesmo que o método funcionasse para outras pessoas. Essa descoberta destruiu suas esperanças pessoais, mas também trouxe clareza sobre as motivações que guiavam sua incansável busca na ciência.

Entender o que realmente movia Jean dá sentido ao peso que ela suportou diante das críticas e rejeições vindas de sua mãe, da igreja e de sua comunidade. Quando foi revelado que Jean e Bob estavam trabalhando com fertilização in vitro, ela foi alvo de severo ostracismo. Sua própria mãe se recusou a recebê-la em casa, a menos que ela abandonasse o laboratório e a pesquisa.

Essa realidade torna ainda mais trágica a motivação de Jean. Ela sacrificou tudo – sua família, aceitação social e até mesmo qualquer chance de realizar o sonho de ser mãe – para continuar sua pesquisa. Apesar disso, sua dedicação resultou em uma contribuição revolucionária, permitindo que outras pessoas alcançassem o que para ela era impossível.

Por que Jean retornou à pesquisa após a morte de sua mãe

Gladys May não chegou a dar a Jean sua bênção para continuar antes de morrer

Thomasin McKenzie como Jean Purdy em Joy-1

Os conflitos entre Gladys May e sua filha, Jean Purdy, giravam em torno da visão de Gladys sobre a pesquisa de Jean, que ela considerava moralmente errada. Essa tensão alcançou seu ápice quando a igreja de Gladys descobriu sobre o trabalho de Jean, aumentando ainda mais a pressão sobre ela. Gladys insistia em controlar as decisões da filha, mesmo durante sua própria doença, aceitando Jean de volta em casa apenas após ter certeza de que ela havia deixado o laboratório em Oldham. O ato de ver Jean revisitando seus antigos cadernos de pesquisa levou Gladys a exigir uma promessa de que Jean não retomaria seus estudos após sua morte — algo que Jean nunca concordou em fazer.

Apesar disso, a oposição de Gladys à pesquisa da filha foi acompanhada por momentos de reflexão. Na noite anterior à sua morte, ela confessou que, embora tivesse muitos arrependimentos na vida, não considerava quem Jean havia se tornado como um deles, nem algo pecaminoso ou que precisasse mudar. Em um gesto sutil, Gladys deu a Jean um sinal implícito de que ela poderia retomar seus trabalhos científicos após sua partida.

No entanto, o retorno de Jean a Oldham após a morte de sua mãe não foi motivado exclusivamente por esse “perdão” silencioso. O sentimento de libertação e o desejo de honrar sua paixão científica também impulsionaram Jean a retomar sua pesquisa, finalmente dando continuidade àquilo que acreditava ser sua verdadeira missão.

O que aconteceu com Jean, Bob e Patrick na vida real depois de Joy

O nascimento de Louise Joy Brown deu início à primeira clínica de fertilização in vitro do mundo em Bourn Hall

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