Minha carta pessoal sobre o final deste maravilhoso drama sueco!

“ATENÇÃO Este artigo contém spoilers importantes sobre o filme O Que Tiver Que Ser”

Meus pensamentos sobre o final de O Que Tiver Que Ser são mais como uma carta de amor ao filme. Se Gustav e Stella se divorciam no final é completamente irrelevante. O que importa é o que aconteceu antes de Stella revelar sua doença terminal para a família.

Amei o filme por ser brutalmente e realisticamente honesto sobre o esforço contínuo que o casamento exige. Hoje em dia, especialmente na sociedade moderna, os jovens adultos tendem a acreditar (ou são incentivados a acreditar) que o casamento é fundamentado no amor. Mas o casamento não é sobre amor.

Por quê? Bem, é possível amar alguém sem nunca se casar. O casamento não é sustentado apenas pelo amor. Você pode passar a vida inteira longe de uma pessoa e ainda assim amá-la profundamente.

 

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Casamento é trabalho árduo. Para honrar os votos de “até que a morte nos separe”, é preciso entender que haverá momentos em que você não gostará do seu parceiro, em que se sentirá profundamente infeliz e em que enfrentará dificuldades consideráveis. Essa é a única maneira de chegar ao final, e é por isso que o casamento não se trata apenas de amor. Muitos perdem e reencontram o amor dentro do próprio casamento.

Como isso se conecta ao drama sueco O Que Tiver Que Ser? No início do filme, Stella recusa o pedido de divórcio de Gustav. Ela lhe pede que dedique à família duas semanas para uma viagem de carro, enquanto acompanham a filha a uma competição de pole dance. Ela solicita que ele assuma o papel de pai e marido, pois fazer o trabalho árduo é o que se espera em um casamento.

 

Quando o Valor do Casamento Vai Além do Amor

Por que Stella se recusou inicialmente a aceitar o divórcio de Gustav? Sem que sua família saiba, ela está morrendo e tem pouco tempo de vida. Ironia do destino, seu tempo limitado a leva a garantir que ela passe seus últimos dias casada, com o marido ao seu lado, mesmo que sua intimidade, amor e felicidade tenham praticamente desaparecido.

Stella vê o trabalho árduo do casamento como uma necessidade, especialmente diante de sua condição terminal. Será que ela teria agido de forma diferente se estivesse saudável e Gustav (que mantinha um relacionamento extraconjugal) desejasse o divórcio? Talvez. O Que Tiver Que Ser traz uma ironia profunda, mostrando que muitas vezes só compreendemos o valor de algo quando estamos prestes a deixá-lo.

Para reforçar essa ironia, ao final do filme, Stella demonstra que o esforço em um casamento é mais significativo do que apenas o amor em si. Gustav se vê sem opção senão atuar como pai e marido. Apesar de seu desejo de partir, no desfecho de O Que Tiver Que Ser, ele redescobre o valor de sua pequena família e percebe o quanto sua esposa, Stella, é incrível e bela.

No fim, Gustav já não deseja o divórcio. Ele compartilha com Stella suas inseguranças sobre se sentir invisível, sobre como o papel de pai o afastou de sua própria identidade e como ele se sente por tê-la decepcionado. Em resposta, Stella também reconhece suas falhas, admite o quanto tem guardado ressentimentos e expressa a falta de orgulho em suas reclamações.

 

“O Que Tiver Que Ser: Um Final Comovente Que Redefine Amor, Compromisso e Legado Familiar”

É por isso que eu amo O Que Tiver Que Ser: no final, embora já fosse tarde demais, marido e esposa conseguiram salvar a família. Eles garantiram que ela fosse protegida pelo vínculo do casamento. O amor ainda estava presente? Sem dúvida, pois eles optaram por enfrentar as dificuldades para mantê-lo.

É também profundamente comovente. A percepção de Gustav de que precisa ser um bom pai e um bom marido, enquanto sua esposa inevitavelmente enfrenta a morte, torna essa situação difícil de assistir. O Que Tiver Que Ser demonstra que amor e propósito entrelaçados estão entre os compromissos mais difíceis que um ser humano pode assumir.

Stella faleceu com a paz de saber que sua família estava em boas mãos. Ela os deixou com um pai dedicado e com a confiança de que seu marido manteria o legado do casamento vivo.

O Que Tiver Que Ser é, sem dúvida, de partir o coração, mas seu final carrega tantas mensagens positivas que levarão os espectadores a refletirem sobre suas próprias responsabilidades e relacionamentos. Espero que minha perspectiva ajude a responder às muitas questões que o filme levanta.

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