“Os Assassinos da Lua das Flores”: Explorando o desfecho do filme e as mudanças na história real
O desfecho de “Assassinos da Lua das Flores” é angustiante. Sob a direção de Martin Scorsese, o filme retrata a Nação Osage finalmente alcançando justiça após anos de assassinatos, roubos e
abusos. Com a chegada de Tom White do Bureau of Investigation, William King Hale, ciente de que será investigado, arquiteta os assassinatos das pessoas envolvidas nos crimes contra os
membros da Nação Osage, incluindo Henry Roan. No entanto, quando Blackie Thompson é preso, ele revela quem o contratou, e Ernest Burkhart é detido, optando por testemunhar contra seu
tio.
Durante a investigação do BOI, Mollie Burkhart, à beira da morte após ser envenenada por seus médicos (sob as ordens de Hale e Ernest), é encontrada e levada ao hospital, onde começa a se
recuperar. Inicialmente, Mollie apoia o marido, acreditando em sua inocência, mas durante seu depoimento ela descobre o quão profundamente ele estava envolvido nos assassinatos de seus
familiares e de outros membros da Nação Osage. Após a morte de sua filha mais nova, Mollie decide deixar Ernest, horrorizada com suas ações. Hale e Ernest são condenados à prisão por seus
crimes, com Ernest se declarando culpado por seu papel na morte de Rita, sua cunhada, e de sua família.
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Os planos Osage de William King Hale e Ernest Burkhart explicados
No final da década de 1890, a nação Osage fez uma descoberta que mudaria suas vidas para sempre: petróleo. Esse recurso precioso trouxe riqueza inimaginável para a comunidade, e para
proteger suas terras e fortunas, os Osage receberam direitos de propriedade que poderiam ser transmitidos dentro da família. Essa riqueza foi o cerne da trama assassina de William King Hale.
Seu plano visava eliminar toda a família de Mollie para que os direitos de propriedade fossem herdados por ele. Para executar seu plano, Hale recrutou Ernest e até mesmo se casou com Mollie
como parte de sua estratégia. Havia até mesmo indícios de que ele planejava eliminar Ernest eventualmente, para que não precisasse compartilhar a riqueza com o sobrinho, uma vez que uma
pessoa poderia herdar vários direitos de propriedade.
Hale acreditava que poderia escapar impune de seus crimes devido ao seu profundo envolvimento na comunidade da nação Osage. Ele cultivou amizades com membros do conselho tribal e outros
líderes locais, investiu na economia local e tinha influência sobre as autoridades locais. Isso lhe garantia uma sensação de impunidade, permitindo que continuasse com seus atos nefastos
enquanto mantinha as aparências de amizade com os Osage. No cerne do plano de Hale estava a ganância, enquanto Ernest concordou por sua cobiça pelo dinheiro. Apesar de fingir ser um
aliado, Hale secretamente desdenhava a ideia de os Osage desfrutarem de riqueza e prosperidade.
Ernest sabia que estava envenenando Mollie?
Ernest administra pequenas doses de veneno a Mollie em Assassinos da Lua das Flores, mas pode não ter percebido completamente a extensão de suas ações. Sendo um seguidor cegamente leal
do perversamente corrupto Hale, a confiança de Ernest de que Hale não iria tão longe a ponto de matar Mollie superava suas próprias suspeitas internas de estar envolvido na morte de sua
própria esposa. Scorsese explicou que Ernest envenenou Mollie para seguir as ordens de seu tio, mas, no final das contas, negou suas próprias ações, revelando uma das maiores falhas de seu
caráter. Se Ernest tivesse sido capaz de avaliar a situação com honestidade, talvez não teria sido capaz de seguir o plano de seu tio.
Por que Ernest finalmente decide testemunhar contra seu tio
Ernest percebeu que estava encurralado quando o FBI prendeu Blackie Thompson, que revelou quem o contratou para matar Henry Roan e procurou Kirby para matar Rita. Talvez uma pequena
parte dele tenha sentido culpa pelo seu papel nos assassinatos dos Osages, mas ele sabia que não havia saída da investigação sem consequências. Ernest imaginou que seria a testemunha principal
do julgamento na esperança de escapar com uma sentença mais leve.
No final das contas, Ernest, perdendo sua filha mais nova e percebendo que seu tio mal se importava com o que aconteceu, chegou ao limite, levando-o a revelar a verdade ao juiz e ao júri. É
possível que ele sentisse que não tinha mais nada a perder naquele momento, especialmente porque Mollie não estava mais falando com ele ou ficando ao seu lado. E embora Assassinos da Lua
das Flores afirme que o plano original foi liderado por Hale, Ernest foi cúmplice.
Por que os Osage não suspeitam de Hale ou Ernest nos assassinatos
Ao assistir Assassinos da Lua das Flores, Martin Scorsese revela os culpados desde o início, permitindo que os espectadores testemunhem o desenrolar dos eventos sob essa perspectiva.
No entanto, tanto Mollie Burkhart quanto a nação Osage confiavam em Hale e Ernest. Hale era estimado e respeitado, e os osages acreditavam em sua confiabilidade. Ele era visto como um amigo
da comunidade e não havia sinais evidentes de que ele fosse diferente. Hale até ajudou nas investigações para encontrar o assassino de Anna, o que explicaria por que os Osage não suspeitaram
dele durante o Reinado do Terror.
Da mesma forma, Mollie acreditava na bondade de Ernest e em sua incapacidade de causar qualquer mal. Ela pensava que ele a amava e jamais faria mal a ela ou a seus filhos. Afinal, Mollie e
Ernest estavam casados há uma década antes que a verdade viesse à tona. Os crimes cometidos por Ernest e Hale representaram uma quebra de confiança e traíram a gentileza demonstrada pelo
povo Osage. Imaginar alguém tão próximo cometendo atos tão sinistros era algo inimaginável para os osages. Além disso, eles temiam retaliar contra Hale.
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